quinta-feira, 2 de junho de 2011

PORTUGAL

Em Portugal, tal como em quase todos os países da Europa, o séc. XX foi um século de mudança radical pois teve grandes divergências políticas, económicas, industriais e tecnológicas entre outras, que fariam uma lista sem fim. Assim, e dada a importância do tema, considerámos que aqui não poderia faltar uma referência a Portugal no séc. XX.
A implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado no dia 5 de Outubro de 1910 e veio substituir a monarquia constitucional, implantando o primeiro regime republicano em Portugal. Foi também neste ano que o Governo Provisório tomou a medida controversa da separação entre o Estado e a Igreja. É também importante referir que, nesta época se alteraram os símbolos nacionais dada a Implantação da República.

A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial é também, naturalmente, uma referência obrigatória. Participou do lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República recentemente formada. Neste esforço foram mobilizados 200 mil homens portugueses e as perdas chegaram aos 10 mil mortos e milhares de feridos, além de custos superiores à capacidade nacional. Começou, deste modo, a instabilidade política característica de Portugal.
Seguidamente damos destaque à Ditadura e ao Estado Novo, um aspecto que veio mudar completamente a vida dos portugueses. No final da década de 20, por volta de 1928 a situação financeira de Portugal continuava em declínio e em resposta a esta situação foi chamado António De Oliveira Salazar, professor de Finanças, a quem foi entregue o destino de Portugal durante as quatro décadas seguintes. Salazar era profundamente conservador e
nacionalista. Durante este período foi restabelecida a censura, os antigos partidos políticos desapareceram com excepção do Partido Comunista Português, a trabalhar na clandestinidade, e fortemente perseguido pela PIDE, e em 1933 entrou em vigor a nova Constituição Portuguesa que admitia a existência de uma Assembleia Nacional e que basicamente concentrava todo o poder na figura de Salazar.
Durante a 2ª Guerra Mundial, ainda sobre o poder de Salazar, Portugal manteve-se neutro no conflito tendo beneficiado economicamente. Mais tarde, nos anos sessenta, Portugal sofreu um enorme fenómeno de emigração. Os destinos dos portugueses eram variados por toda a Europa e eram movidos pelo desejo de melhores condições de vida.
                No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, muitas colónias de todo o mundo exigiram a independência.
As recém-nomeadas províncias ultramarinas não foram excepção e, entre 1961 e 1964, deu-se a Guerra do Ultramar/Colonial que acabou com a Independência das antigas possessões portuguesas.
Uma grande reviravolta política ocorreu em Portugal a 25 de Abril de 1974. Na madrugada deste dia, ao som da canção ‘’ Grândola Vila Morena’’, de José Afonso, o Movimento das Forças Armadas deu início às operações planeadas e dirigidas pelo Major Otelo Saraiva de Carvalho que conduziram ao derrube do regime ditatorial e à sua substituição por um regime democrático. Todo os objectivos militares foram sendo tomados ao longo desse dia, com as populações na rua a vitoriarem os soldados e a colocarem-lhes flores nas espingardas. Foi a ‘’Revolução dos Cravos’’, o ‘’Dia da Liberdade’’.
Tinham acabado 40 anos de ditadura: libertaram-se presos políticos, regressaram os exilados, aboliram-se a censura e a polícia política, acabou a Guerra Colonial.
Foram estes alguns dos principais acontecimentos marcantes no decorrer do séc. XX em Portugal que vieram a moldar, bem ou mal, a nação que hoje é. Pode dizer-se que Portugal esteve sempre na sombra da magnânime Europa Central e sempre procurou igualar-se às grandes potências mas, com grande pesar, nunca conseguiu fazê-lo.

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