PÍLULA
Após 51 anos do aparecimento da primeira pílula contraceptiva, é consensual que este pequeno comprimido veio revolucionar a forma de estar de uma mulher, permitindo-lhe planear uma gravidez.
Margaret Sanger e Katherine McCormick foram as grandes impulsionadoras dos primeiros estudos desenvolvidos. Estas duas mulheres queriam atenuar o impacto que uma gravidez indesejada criava para a mulher e sua família. Margaret Sanger, uma activista social e feminista, conheceu Gregory Pincus, uma autoridade no campo da biologia reprodutiva, e pediu-lhe que desenvolve-se um método contraceptivo simples e eficaz. Katherine McCormick, rica herdeira industrial, financiou todo o projecto levado a cabo pela equipa de Pincus.
Estudos anteriores a Pincus, acerca do contraceptivo oral e a forma de actuação das hormonas femininas, progesterona e estrogénio, já tinham sido realizados mas foram inconclusivos, talvez devido à inexistência de tecnologia suficiente.
Em 1955, Gregory Pincus e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido suprimir a ovulação através da administração oral de doses diárias de progestagénio sintético. No decorrer do mesmo ano, a equipa testou várias combinações de progestagénio e estrogénio para a contracepção oral. Com esta descoberta Gregory Pincus ficou conhecido como o “pai da pílula”.
A 1 de Janeiro de 1961, inicia-se a comercialização do primeiro contraceptivo oral: “Anovlar”, na Austrália e, uns meses depois, na Europa. Este método contraceptivo encontrou na Europa um mercado pouco receptivo, uma vez que o controlo da contracepção por parte da mulher era uma ideia nova.
Na década de 60 deu-se então, o aparecimento de uma “cultura do amor livre” com milhões de jovens a defender o poder do amor e do sexo como parte da vida natural.
É interessante realçar que, nesses anos, a contracepção era um efeito colateral da pílula e não a sua indicação pois, tinha como principal indicação reduzir o mau estar provocado pela menstruação.
Ao longo das décadas, muitos foram os aperfeiçoamentos e estudos desenvolvidos no sentido de melhorar este contraceptivo mas, de uma coisa temos certeza, veio revolucionar o “mundo das mulheres” e das relações entre casais.
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