quinta-feira, 2 de junho de 2011

CIÊNCIAS | SAÚDE

SIDA
                A SIDA, acrónimo para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença do sistema imunológico humano causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Reduz, progressivamente, a eficácia do sistema imunológico e deixa o organismo das pessoas susceptíveis a infecções e/ou tumores. O HIV pode ser transmitido por via sexual quando existem comportamentos de risco nas relações sexuais (homossexuais ou heterossexuais) sem protecção e com troca de fluidos genitais com pessoas que tenham tido comportamentos de risco; via sanguínea que pode acontecer, sobretudo, através da troca de seringas ou material injectável, objectos cortantes, entre outros; ou, por fim, por via peri-natal em que uma mulher portadora do vírus poderá transmitir o vírus, ao seu bebé, durante a gestação ou parto e também durante a amamentação.
Todas as formas de transmissão anteriormente referidas podem ser contornáveis, caso sejam evitados os comportamentos de risco, por exemplo, por via sexual, faz-se com o uso do preservativo; por via sanguínea, a prevenção passa por não partilhar agulhas, seringas, escovas de dentes, agulhas de tatuagem e qualquer outro objecto cortante. Por via peri-natal, a prevenção consiste em: perante um projecto de gravidez, qualquer mulher que tenha tido comportamentos de risco deve despistar a possibilidade de ser portadora de HIV. Se for portadora do vírus e desejar engravidar, ou se já estiver grávida, deve consultar o médico para avaliar os riscos.                     
                O vírus HIV é bastante poderoso. Ao entrar no organismo começa, de imediato, a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras e deixando a pessoa infectada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por microrganismos que afectam, particularmente, as pessoas cujo sistema imunológico está fragilizado.                                                                                                                                                                     Entre essas doenças, encontram-se a tuberculose, a pneumonia por Pneumocystis carinill, a candidíase (que pode causar infecções na garganta e na vagina), o citomegalovirus - um vírus que afecta os olhos e os intestinos - a taxoplasmose, que pode causar lesões graves no cérebro, a criptosporidiose (uma doença intestinal), o sarcoma de Kaposi, uma forma de cancro que provoca o aparecimento de pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afectar o sistema gastrointestinal e os pulmões.
                A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, (com ou) sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.
                Embora os tratamentos para a SIDA possam retardar o desenvolvimento da doença, não há actualmente nenhuma vacina definitiva ou cura. Estes tratamentos limitam-se a reduzir, em parte, a mortalidade e a morbidade que provém da infecção do vírus HIV. No entanto, os medicamentos são caros e o seu acesso não está disponível em todos os países. Devido a estes obstáculos, a prevenção é a chave para controlar esta pandemia. E, para isso, várias organizações fazem apelo às relações sexuais seguras e promovem o programa de troca de seringas na tentativa de retardar, ao máximo, a propagação do vírus. É, aliás, o que com esta campanha queremos fazer: alertar para os perigos do sexo desprotegido e as consequências que isso pode ter nas nossas vidas!

CIÊNCIAS

TRANGÉNICOS
                Os produtos transgénicos ou OGM (organismos geneticamente modificados) são organismos cujo material genético foi alterado de forma a seleccionar as melhores características para determinado produto. Desde sempre que o Homem teve curiosidade sobre aquilo que o rodeava, despertando-lhe bastante curiosidade a forma como as espécies, não só de animais mas também de plantas, mantêm as suas características principais constantes. A descoberta do ADN e das formas como o poderiam manipular veio revolucionar o mundo dos seres vivos. Foi graças a esta descoberta que foi possível manipular plantas e animais de forma a reunir características específicas favoráveis e economicamente rentáveis. Os alimentos transgénicos são um bom exemplo de manipulação genética. Obtêm-se em laboratório onde, por processos aliados à engenharia genética, os cientistas conseguem “cortar e colar” genes capazes de gerar alimentos de colheitas agrícolas de qualidade superior. Com esta técnica, por exemplo, conseguem-se gerar plantas imunes a pragas que anteriormente as destruiriam caso não sofressem nenhuma alteração a nível genético.
Apesar de esta ser uma grande descoberta, a comunidade científica encontra-se dividida acerca dos prós e contras destes produtos. Se, por um lado, há cientistas que afirmam que os produtos geneticamente modificados podem ter um maior valor nutricional e que até poderiam vir a resolver os problemas de alimentação dos países subdesenvolvidos, por outro lado existem ainda muitas pesquisas a fazer pois poucos, ou mesmo inexistentes, são os estudos sobre os efeitos dos transgénicos nos humanos.
                Este é um tema que levanta muitas questões e que divide ambientalistas, cientistas e a comunidade em geral, afectando também os sistemas económicos e agrícolas que vêem, nestas plantas, uma forma de melhorar as suas produções com investimentos mais baixos.

CIÊNCIAS

PÍLULA
                Após 51 anos do aparecimento da primeira pílula contraceptiva, é consensual que este pequeno comprimido veio revolucionar a forma de estar de uma mulher, permitindo-lhe planear uma gravidez.
Margaret Sanger e Katherine McCormick foram as grandes impulsionadoras dos primeiros estudos desenvolvidos. Estas duas mulheres queriam atenuar o impacto que uma gravidez indesejada criava para a mulher e sua família. Margaret Sanger, uma activista social e feminista, conheceu Gregory Pincus, uma autoridade no campo da biologia reprodutiva, e pediu-lhe que desenvolve-se um método contraceptivo simples e eficaz. Katherine McCormick, rica herdeira industrial, financiou todo o projecto levado a cabo pela equipa de Pincus.
         Estudos anteriores a Pincus, acerca do contraceptivo oral e a forma de actuação das hormonas femininas, progesterona e estrogénio, já tinham sido realizados mas foram inconclusivos, talvez devido à inexistência de tecnologia suficiente.
Em 1955, Gregory Pincus e a sua equipa anunciaram que tinham conseguido suprimir a ovulação através da administração oral de doses diárias de progestagénio sintético. No decorrer do mesmo ano, a equipa testou várias combinações de progestagénio e estrogénio para a contracepção oral. Com esta descoberta Gregory Pincus ficou conhecido como o “pai da pílula”.
A 1 de Janeiro de 1961, inicia-se a comercialização do primeiro contraceptivo oral: “Anovlar”, na Austrália e, uns meses depois, na Europa. Este método contraceptivo encontrou na Europa um mercado pouco receptivo, uma vez que o controlo da contracepção por parte da mulher era uma ideia nova.
Na década de 60 deu-se então, o aparecimento de uma “cultura do amor livre” com milhões de jovens a defender o poder do amor e do sexo como parte da vida natural.
É interessante realçar que, nesses anos, a contracepção era um efeito colateral da pílula e não a sua indicação pois, tinha como principal indicação reduzir o mau estar provocado pela menstruação.
Ao longo das décadas, muitos foram os aperfeiçoamentos e estudos desenvolvidos no sentido de melhorar este contraceptivo mas, de uma coisa temos certeza, veio revolucionar o “mundo das mulheres” e das relações entre casais.

TECNOLOGIA

 TELEVISÃO
      A televisão é hoje um dos meios de comunicação mais importantes. Com o aparecimento da internet tem perdido força, mas não deixa de oferecer uma vastíssima quantidade de informações e programas que agarra milhões e milhões de pessoas por todo o Mundo. Mas, e embora ninguém pense nisso quando está em frente a um televisor, a origem da televisão vem desde meados do século XIX. E o seu aparecimento não se deve apenas a uma pessoa. Foram grandes matemáticos e físicos que desenvolveram este poderoso veículo de informação.
De facto, a transmissão de imagens à distância foi uma preocupação quase constante entre a comunidade científica. Os primeiros estudos de Alexander Bain, em 1842, abriram novas portas à Ciência e muitos seguiram o seu caminho. Não referir o nome de todos pode ser injusto mas é, ao mesmo tempo, quase impossível. Obviamente que só graças a eles todos é que hoje temos acesso à televisão e que, em 1920, se realizaram as primeiras verdadeiras transmissões, ainda muito rudimentares, diga-se. Quatro anos mais tarde conseguiram transmitir-se contornos de objectos à distância e, no ano seguinte, fisionomias de pessoas. A revolução dá-se quando, em 1922, a BBC inicia uma série de transmissões experimentais. Esta emissora, que, até hoje, continua a ser a principal emissora de televisão e rádio pública do Reino Unido, abriu a sua primeira estação regular em 1936. Ano em que aconteceu uma das primeiras grandes transmissões de televisão - os Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.
E, desde então, muitos avanços têm sido feitos. O progresso da engenharia espacial e das telecomunicações permitiu lançar satélites em órbita, assegurando as transmissões televisivas e as comunicações telefónicas intercontinentais.
A televisão a cores surgiu em 1954, na rede norte-americana NBC. Esta inovação não obrigou os utilizadores a mudarem de televisor. É considerada uma das grandes vitórias da transmissão televisiva e, mais uma vez, este meio revolucionou os media e a forma das pessoas terem contacto com o Mundo.
Os avanços tecnológicos e o impacto económico que o mundo presenciou após a II Guerra Mundial, fez com que a televisão ganhasse grande popularidade. Nos dias de hoje, o pequeno ecrã continua a ter grande impacto na vida de todos nós e é de facto muito difícil evitar que ela exerça alguma influência no nosso quotidiano. A televisão é, por excelência, um meio de comunicação audiovisual extremamente importante, em quase todos os aspectos. Por vezes, é tão inconsciente o acto de ligar um aparelho de televisor, que nem sequer nos apercebemos o quão influente se pode tornar nas nossas vidas. Damo-nos a percorrer todos os canais à procura de algo que nos chame a atenção e que alimente, de certa forma, o nosso ego.
Mas a televisão também tem uma grande utilidade pública. Tem o poder de instruir, informar e educar. Obviamente que a opinião pública não é consensual: há casos notórios de violação da privacidade das pessoas e de grande humilhação. A verdade é que basta apenas saber escolher e, embora a televisão seja um meio de comunicação importantíssimo para o desenvolvimento do país, os programas que os canais oferecem são alimentados pelo interesse da audiência. Até que ponto poderemos julgar um canal ou um programa se nós próprios fazemos parte dele?
A verdade é que, cada vez mais, temos como principais espectadores crianças e jovens com uma mente ainda não esclarecida e que assistem a constantes cenas de violência tanto em noticiários, como em novelas ou jogos. Numa procura de mais audiência, com maior frequência as cenas eróticas ocupam lugar na programação e que acabam por se revelar um estimulo à erotização cada vez mais precoce de jovens e crianças. As imagens aparecem com vários assuntos num curto espaço de tempo, e as crianças muitas vezes não compreendem o que estão a ver e, como consequência, essas imagens vão atormentar a sua mentes, sem conseguirem esclarecê-las. Cabe aos pais ou responsáveis e educadores tomar atitudes no sentido de evitar o uso indiscriminado pelos seus filhos, o que, com o ritmo de vida actual, se torna muito complicado. Obviamente que a televisão tem, na sua génese, bons princípios. As pessoas que constituem a audiência e os responsáveis pelas grelhas televisivas devem ser mais conscientes. Há várias formas de se ser livre, crítico e activo na sociedade, sem chocar os mais sensíveis.
Actualidade
Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia a forma como conhecemos um produto hoje, pode já não ser a mesma amanhã. Desde o aparecimento da televisão que este meio tem sofrido as mais variadas alterações, tanto na estética como na tecnologia. Se os seus componentes começaram por ocupar imenso espaço e a tela tinha um tamanho bastante reduzido, hoje em dia, as televisões chegam a ter uns impressionantes 5.9 mm de espessura - a mais fina do mundo - e a usar cristal líquido para transmitir as informações que os televisores recebem. Actualmente também é possível ver televisão em 3D e a partir de casa. As empresas deste ramo estão cada vez mais a apostar nas tecnologias de vanguarda e a aplicá--las à televisão, permitindo às pessoas que tenham acesso a todas elas da forma mais cómoda possível. Mas não só os próprios televisores têm sofrido alterações.
A oferta no cabo também tem aumentado em quantidade e, em alguns casos, em qualidade; mas, de qualquer das maneiras, as empresas que hoje oferecem este produto estão a adaptar-se às novas tendências e ao dia-a-dia moderno. Actualmente podemos fazer pausa num programa que está a passar num determinado momento, ou gravá-lo, dando ao utilizador/espectador possibilidade de poder ver tudo aquilo que lhe interessa da grande oferta de canais que hoje temos.
                Outra das novidades nesta área é o aparecimento da televisão terrestre digital (TDT), que tem como objectivo abandonar o antigo sinal analógico, dando ao sinal uma qualidade de som e a imagem da emissão muito superior à da actual emissão analógica. Até 2012 todo os países da União Europeia estão obrigados a aderir a esta nova tecnologia.

PORTUGAL

Em Portugal, tal como em quase todos os países da Europa, o séc. XX foi um século de mudança radical pois teve grandes divergências políticas, económicas, industriais e tecnológicas entre outras, que fariam uma lista sem fim. Assim, e dada a importância do tema, considerámos que aqui não poderia faltar uma referência a Portugal no séc. XX.
A implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado no dia 5 de Outubro de 1910 e veio substituir a monarquia constitucional, implantando o primeiro regime republicano em Portugal. Foi também neste ano que o Governo Provisório tomou a medida controversa da separação entre o Estado e a Igreja. É também importante referir que, nesta época se alteraram os símbolos nacionais dada a Implantação da República.

A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial é também, naturalmente, uma referência obrigatória. Participou do lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República recentemente formada. Neste esforço foram mobilizados 200 mil homens portugueses e as perdas chegaram aos 10 mil mortos e milhares de feridos, além de custos superiores à capacidade nacional. Começou, deste modo, a instabilidade política característica de Portugal.
Seguidamente damos destaque à Ditadura e ao Estado Novo, um aspecto que veio mudar completamente a vida dos portugueses. No final da década de 20, por volta de 1928 a situação financeira de Portugal continuava em declínio e em resposta a esta situação foi chamado António De Oliveira Salazar, professor de Finanças, a quem foi entregue o destino de Portugal durante as quatro décadas seguintes. Salazar era profundamente conservador e
nacionalista. Durante este período foi restabelecida a censura, os antigos partidos políticos desapareceram com excepção do Partido Comunista Português, a trabalhar na clandestinidade, e fortemente perseguido pela PIDE, e em 1933 entrou em vigor a nova Constituição Portuguesa que admitia a existência de uma Assembleia Nacional e que basicamente concentrava todo o poder na figura de Salazar.
Durante a 2ª Guerra Mundial, ainda sobre o poder de Salazar, Portugal manteve-se neutro no conflito tendo beneficiado economicamente. Mais tarde, nos anos sessenta, Portugal sofreu um enorme fenómeno de emigração. Os destinos dos portugueses eram variados por toda a Europa e eram movidos pelo desejo de melhores condições de vida.
                No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, muitas colónias de todo o mundo exigiram a independência.
As recém-nomeadas províncias ultramarinas não foram excepção e, entre 1961 e 1964, deu-se a Guerra do Ultramar/Colonial que acabou com a Independência das antigas possessões portuguesas.
Uma grande reviravolta política ocorreu em Portugal a 25 de Abril de 1974. Na madrugada deste dia, ao som da canção ‘’ Grândola Vila Morena’’, de José Afonso, o Movimento das Forças Armadas deu início às operações planeadas e dirigidas pelo Major Otelo Saraiva de Carvalho que conduziram ao derrube do regime ditatorial e à sua substituição por um regime democrático. Todo os objectivos militares foram sendo tomados ao longo desse dia, com as populações na rua a vitoriarem os soldados e a colocarem-lhes flores nas espingardas. Foi a ‘’Revolução dos Cravos’’, o ‘’Dia da Liberdade’’.
Tinham acabado 40 anos de ditadura: libertaram-se presos políticos, regressaram os exilados, aboliram-se a censura e a polícia política, acabou a Guerra Colonial.
Foram estes alguns dos principais acontecimentos marcantes no decorrer do séc. XX em Portugal que vieram a moldar, bem ou mal, a nação que hoje é. Pode dizer-se que Portugal esteve sempre na sombra da magnânime Europa Central e sempre procurou igualar-se às grandes potências mas, com grande pesar, nunca conseguiu fazê-lo.

ECONOMIA

A GRANDE DEPRESSÃO
                Em 1929, a mais longa e grave depressão do Mundo industrializado ocidental teve início. Os preços começaram a cair entre Setembro e Outubro do então corrente ano, apesar de se manter a actividade especulativa. A 24 de Outubro, durante aquela que ficou conhecida como a Quinta-feira Negra, aconteceu o primeiro dia de grande pânico na Bolsa de Nova Iorque quando foram vendidas quase 13 milhões de acções. Em apenas 20 dias, o índice Dow Jones desceu mais de 40%. A queda abrupta das acções de Wall Street conduziu os Estados Unidos a uma grave depressão.
Milhares de accionistas perderam tudo o que tinham, homens de grandes fortunas transformaram-se em cidadãos pobres. E, apesar desta crise profunda se ter iniciado nos Estados Unidos, acabou por se alastrar ao resto do mundo. Os mais atingidos foram, por exemplo, a Alemanha, a Austrália, a França, a Itália, o Reino Unido e o Canadá. E, devido à Grande Depressão, milhões de pessoas nas cidades perderam os seus empregos, deixando de haver forma de se sustentarem a si e à sua família. Como consequência, milhares de famílias foram expulsas das suas casas por não terem forma de pagar as prestações ou, em alguns casos, o aluguer. E, além disso, o desemprego fez com que a subnutrição se tornasse bastante comum entre a população destes países mais atingidos. Milhares de pessoas morreram.
Esta crise persistiu em grande parte na década de 30 e apenas culminou com o início da II Guerra Mundial. Mas, os seus efeitos fizeram-se sentir, sobretudo, em 1933. Nesse mesmo ano, o recém presidente norte-americano, Franklin Roosevelt, aprovou um conjunto de leis, que se denominava de New Deal (em português, Novo Acordo). Este programa pressupunha um conjunto de reformas ao nível da indústria, da agricultura, das finanças e do trabalho, designadamente com a criação de novos postos de emprego. A acção social inerente ao programa foi das mais importantes conquistas deste programa com apoios aos mais velhos e desempregados. Lentamente, a economia começou a recuperar, numa altura em que se deixou de usar o padrão-ouro e o dólar fortaleceu.
                A situação que se viveu durante a década de 30 mostra-nos algumas das repercursões mais dramáticas que uma má política de gestão económica pode levar. Hoje sabemos que uma crise económica de grande escala pode, de facto, representar uma ameaça incrível para o conjunto da sociedade. As consequências desta depressão levaram à ascensão política de Adolf Hitler e à Segunda Guerra Mundial. E, em altura de crise como a dos dias de hoje, é importante que as grandes forças políticas saibam manter a paz e as boas relações com todos os países.

DESPORTO

JOGOS OLÍMPICOS
                Os Jogos Olímpicos da era moderna nasceram em Atenas, em1896. O espírito de congregação de povos e de países no convívio, através do desporto, e a tentativa de superação das diferenças entre eles são dois dos grandes lemas dos Jogos Olímpicos. Sem dúvida alguma, podemos afirmar que os Jogos representam uma “evolução” nas relações entre as nações, favorecendo uma maior integração global e um humanismo recíproco.
Desde então, as Olimpíadas cresceram e tornaram-se no maior evento desportivo do Mundo, reunindo cada vez mais atletas e países, fazendo com que durante duas semanas, a cada quatro anos, o mundo pare para celebrar o espírito olímpico.  Ao contrário dos Jogos antigos, que eram realizados na Grécia, estabeleceu-se uma rotação continental dos Jogos Olímpicos, para que todos os povos de todo Mundo pudessem receber a competição no seu país. Na medida em que os Jogos Olímpicos foram crescendo com o passar dos anos, novas versões foram sendo criadas, visando integrar as várias modalidades desportivas no Mundo e todos os atletas. Destacamos as edições dos Jogos Olímpicos de Verão, dos Jogos Olímpicos de Inverno e dos Jogos Paraolímpicos.

JOGOS PARAOLÍMPICOS
Realizados pela primeira vez em 1960, em Roma, os Jogos Paraolímpicos foram e são o maior evento desportivo direccionado para pessoas portadoras de deficiência motora e mental (excluídos em 2000).
Ludwing Guttmann – neurologista alemão – depois de ter sido forçado pelo governo nazi, em 1939, a ir para Inglaterra começou a desenvolver uma nova filosofia de tratamento para soldados que serviram na 2ª Guerra Mundial com recurso ao basquetebol, tiro com arco, dardos e bilhar.
Com o sucesso das metodologias de Guttmann, a 28 de Julho de 1948, ocorreu o primeiro evento desportivo para portadores de deficiência não sendo uma data ao acaso, uma vez que em Londres se iniciaram os Jogos Olímpicos precisamente naquela data.
O evento tornou-se internacional em 1952 e, em 1960, ocorreu pela primeira vez fora do Reino Unido.
O programa dos Jogos Paraolímpicos é composto por 18 desportos.
Portugal tem obtido bons resultados, com destaque para a bocha e a natação, que deram seis das sete medalhas do país em 2008.


SOCIEDADE | GRANDES GUERRAS

I GUERRA MUNDIAL
                Entre 1914 e 1945 o Mundo deparou-se com vários conflitos que tiveram bastantes repercursões políticas e económicas durante o século XX em praticamente todos os cantos do planeta. Entre guerras civis e revoluções, a I e a II Guerra Mundial marcaram toda a história da Humanidade, para sempre.
O primeiro grande conflito, que aconteceu entre 1914 e 1918, ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo e Estados Unidos) e a coligação formada pelas potências centrais da Europa da altura e que acabaram por sair derrotadas (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otamano). No final, esta guerra causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geopolítico da Europa e do Médio Oriente.
Mas é importante perceber as motivações que estiveram na origem desta Grande Guerra. No final do século XIX as nações europeias passaram a investir em grande escala no fabrico e produção de armamentos. Este investimento gerou insegurança e um aumento de tensão entre os países europeus. Diante da possibilidade de um conflito armado na região, os investimentos militares continuaram a aumentar. Por outro lado, a partilha das terras de África e Ásia na segunda metade do século XIX também foi responsável por vários desentendimentos entre as nações europeias. Isto porque, por exemplo, enquanto que a Inglaterra e a França ficaram com grandes territórios com muitos recursos para explorar, a Alemanha e a Itália tiveram que se contentar com poucos territórios e de baixo valor. Estes dois factores aliados à concorrência económica entre os países europeus impulsionaram e acabaram, então, por despoletar a Primeira Grande Guerra Mundial.
No entanto, estas condições são apenas outras causas. É fácil compreender que, a partir do momento em que são formadas alianças entre alguns países, a paz sentida passa a ser uma paz armada, em que a corrida aos armamentos é provocada e qualquer incidente poderia desencadear um conflito de dimensões incalculáveis. Foi o que aconteceu.
Oficialmente, esta guerra teve início no dia 28 de Julho de 1914, na sequência do assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, durante um atentado em Saravejo, Bósnia,  organizado por nacionalistas da Sérvia. A morte do arquiduque e da sua esposa, e a certeza de que a Alemanha os apoiava, deu aos austríacos os pretextos necessários para invadir a Sérvia. Depois destes acontecimentos, países como a Alemanha, a França, o Reino Unido, a Rússia, a Bélgica ou o Japão, entraram na guerra pelas alianças que estavam em vigor. E assim começaram quatro anos seguidos de destruição e mortes, deixando marcas bem patentes na sociedade europeia.
A I Guerra Mundial pode ser dividida em várias fases. Primeiro, este conflito caracterizou-se pela ilusão dos alemães em pensarem que poderiam dominar a França e uma boa parte da Europa em poucas semanas e, por outro lado, a ilusão da grande parte dos países que acreditavam que a guerra seria breve. Uma outra fase que marcou a guerra foi a chamada “Guerra das Trincheiras”. Esta ficou caracterizada por uma dureza indescritível. Só no ano de 1916 houve 2 tentativas de romper a frente de batalha e, juntas, custaram a vida a quase 2 milhões de soldados. Outro acontecimento importante foi a entrada dos Estados Unidos, em 1917, na guerra, deixando de se limitar ao fornecimento de armamento às suas tropas aliadas.
E, quatro anos mais tarde, a Julho de 1918, numa ofensiva decisiva, os Aliados venceram, com a (grande) ajuda dos EUA- trouxeram mais de um milhão de soldados bem equipados e preparados para a Europa. A Alemanha, que progressivamente foi abandonada por todos os seus parceiros e a viver uma situação económica dramática, desistiu.
Mas, para além das alterações no mapa político e de importantes mudanças de carácter social, a Grande Guerra teve consequências demográficas e económicas profundas neste nosso mundo ocidental. Além dos mais de 19 milhões de mortes registadas, a Europa foi bastante atingida em termos materiais, algumas regiões ficaram mesmo em ruínas. Isto, obviamente, teve repercursões económicas.
No entanto, mesmo com o término desta batalha, as rivalidades continuaram a agravar-se ao longo do tempo, principalmente por culpa dos acordos assinados no fim dos conflitos da I Guerra Mundial. A imposição de multas e sanções extremamente pesadas, o desequilíbrio político e económico sentido, especialmente na Itália e na Alemanha, tornaram o conceito de paz com muito pouco significado. Os países europeus não conseguiam impor os seus interesses e a recém criada Sociedade das Nações não conseguiu cumprir o seu papel. Para agravar a situação, em 1929 o capitalismo caiu com o grande crash da bolsa. Frustrados e com vontade de recuperar tudo o que perderam, a Itália, a Alemanha e o Japão formam uma nova conjuntura política - as potências do Eixo - e a tão desejada paz começava a desvanecer-se. O ano de 1939 viria a ser o recomeço de uma guerra que, afinal, nunca havia terminado. •

II GUERRA MUNDIAL
A Grande Depressão havia, de facto, mergulhado o Mundo numa forte crise económica e contribuído para o crescimento de regimes autoritários. A par disso, as condições do Tratado de Versalhes (ver caixa) impuseram regras vergonhosas para a Alemanha, derrotada na I Guerra Mundial, e fizeram crescer o espírito nacionalista, mais uma vez. Adolf Hitler acabou por se tornar o rosto fiel deste movimento. Hitler e os seguidores nazistas queriam recuperar e criar uma sociedade cimentada na raça ariana, eliminando algumas alegadas minorias da altura, como os judeus, os ciganos, os deficientes físicos e os homossexuais. Durante o conflito, os campos de concentração foram sendo povoados de deportados, com os quais os médicos da organização militar do Partido Nazi Alemão faziam experiências. Este conflito voltou a envolver os Aliados e as recém-formadas Potências do Eixo.
Um dos principais confrontos desta guerra foi o ataque pelos japoneses à esquadra norte-americana do Pacífico, a Pearl Harbour. Foi este ataque que forçou a entrada dos EUA no conflito. A partir deste momento a Guerra do Pacífico estava oficialmente “aberta”.
Outro dos confrontos mais importantes foi o denominado “Queda de Roma”: Mussolini, que foi esmagado em África e na Europa, ainda tentou fugir quando a Itália foi invadida. Mas, a 4 de Junho de 1944, os Aliados entraram em Roma e tomaram posse da primeira capital europeia a ser libertada do domínio nazi.
Já perto da recta final, em 1945, ao contrário do que os germânicos esperavam, as atenções dos russos voltaram-se para Berlim, sob o comando do general Zhukov, que havia dado a seguinte e célebre ordem aos seus soldados: “Soldado soviético, vinga-te! Comporta--te de tal maneira que não só os alemães de hoje, mas os seus longínquos descendentes tremam ao lembrar-se de ti!”. A 22 de Abril de 1945 a sua tropa entrou em Berlim e, em 10 dias, a cidade cedeu.  Quando a BBC interrompeu a emissão para dar a notícia “Berlim caiu!”, a Alemanha tinha, mais uma vez, fracassado. Mas não por completo.
Em 1945, numa decisão polémica e com o objectivo de encurtar o período de guerra, os Estados Unidos lançaram, sobre alvos civis, duas bombas atómicas: a 6 de Agosto em Hiroxima, e a 9 de Agosto em Nagasaki (o que levou à capitulação do Japão).
                Para traçar cenários pós-guerra, Churchill, Estaline e Roosevelt reuniram-se e fizeram projectos de divisão da Alemanha em quatro zonas e aprovou-se a criação da Organização das Nações Unidas, em substituição da fracassada Sociedade das Nações. Entre 1945 e 1946 também se julgaram vários líderes nazis por violentos crimes de guerra. Outros responsáveis por genocídio continuariam a ser perseguidos por crimes contra a Humanidade. Este foi, sem dúvida alguma, o conflito mais sangrento da História. Cerca de 50 milhões de pessoas morreram durante esta guerra. Foi uma guerra de dimensões incrivelmente assustadoras e que continua a ter repercursões na vida de muitas pessoas, hoje em dia. Pessoas que testemunharam alguns dos mais assustadores tempos de guerra, pessoas que regressaram marcadas fisicamente e psicologicamente, famílias que perderam ente queridos, nações que acrescentaram à sua história a culpa e a responsabilidade pela morte de milhares e milhares de civis inocentes. Estas são marcas ainda hoje presentes na nossa sociedade. A Alemanha, país impulsionador das duas Grandes Guerras, é hoje uma grande potência mundial e continua ensombrada culturalmente pelos seus feitos passados. A sua cultura ainda tem marcas nazis, embora que numa escala muito mais pequena, e os marcos históricos nas grandes cidades são imensos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Crónica de Imagens - Portugal 1900-1910


Cercanias de Lisboa. Partida para a rampa da Pimenteira, uma das primeiras provas automobilísticas nacionais. 

                                    


Ponte de Lima. Feira de gado, mercado que se repete um pouco por todo o país.



                                 

            Lisboa. Equipa do jogo de tracção do Liceu Passos Manuel durante um campeonato escolar.







Arredores de Palmela. Grupo de amigas durante um passeio dominical.



Cascais. Gente elegante cumprindo o seu recatado tempo de praia no Verão.


Vale do Douro. Pausa à porta de um lagar durante a pisa das uvas, operação acompanhada por música.


Festival de Cannes

O festival de música e filmes de Cannes foi fundado em 1946 e é um dos mais antingos e mais prestigiados festivais de cinema. Este festival privado é celebrado anualmente, normalmente em Maio), na cidade de Cannes no sul de França.
O festival internacional de cinema foi criado pela iniciativa de Jean Zay, Ministro da Educação e Belas Artes, que estava entusiasmado para a criação de um festival internacional de cuultura em França que fizesse frente ao Festival de Cinema de Veneza.
A primeira edição do festival estava originalmente programada para ser apresentada em Cannes em 1939 sob a presidência de Louis Lumière. No entanto só um ano depois é que a Guerra acabou e a apresentação do festival foi possível a 20 de Setembro de 1946. O festival passou a ser apresentado em Setembro de todos os anos até 1951 altura em que mudou para Maio, altura em que actualmente é apresentado todos os anos. 
Enquanto que nas primeiras edições do festival, o festival não era mais que um encontro social em que todos os filmes levavam um prémio, a rápida reputação internacional e a presença de estrelas de cinema de todo o mundo fez com que o interesse mediático do festival aumentasse até que chegou à reputação lendária dos dias de hoje.
Prémios:
Longa-metragens:
ü  Palma de Ouro ou Palme d’or (melhor filme)
ü  Grande Prémio ou Grand Prix( mais original)
ü  Prémio de Interpretação masculina ou Prix d’interprétation féminine(melhor actor)
ü  Prémio de interpretação feminina ou Prix d’interprétation masculine (melhor actriz)
ü  Prémio de Direcção ou Prix de la mise en scène (melhor director)
ü  Prémio de Cenário ou Prix du scènario (melhor cenário)
ü  Prémio de Júri ou Prix du jury
Curta-metragens:
ü  Palma de Ouro para curta-metragem ou Palme d’or du court métrage
ü  Prémio de Júri de curta-metragem ou Prix du jury du court métrage
Selecção oficial, a quinzena dos directores e a Semana da crítica:
ü  Prémio Camâra de Ouro ou Caméra d’or para recompensar o melhor primeiro filme do conjunto dessas secções.

Coisas de Outros Tempos

"Coisas de Outros Tempos" é a mais recente exposição do nosso grupo, que se encontra junto ao bar da escola. Esta exposição baseia-se em imagens, que valendo mais do que as palavras, nos mostra brinquedos antigos, livros antigos, bilhetes antigos, notas...



























quarta-feira, 16 de março de 2011

Vencedores dos Oscares 2011 - 83ª cerimónia

Deixamos de seguida a lista dos vencedores da 83ª cerimónia dos Óscares 2011:


Melhor Filme
O Discurso do Rei

Melhor Actor

Colin Firth, por O Discurso do Rei

Melhor Actriz

Natalie Portman, por Cisne Negro

Melhor Realizador

Tom Hooper, por O Discurso do Rei

Melhor Actor Secundário

Christian Bale, por The Fighter - Último Round

Melhor Actriz Secundária

Melissa Leo, por The Fighter - Último Round

Melhor Filme de Animação

Toy Story 3

Melhor Filme Estrangeiro

In a Better World

Melhor Banda Sonora 

Trent Reznor e Atticus Ross, por A Rede Social

Melhor Canção

We Belong Together (Toy Story 3)

Melhor Argumento Original

David Seidler, por O Discurso do Rei

Melhor Argumento Adaptado

Aaron Sorkin, por A Rede Social

Melhor Direção Artística

Alice no País das Maravilhas

Melhor Fotografia
A Origem

Melhor Guarda Roupa
Alice no País das Maravilhas

Melhor Montagem
A Rede Social

Melhor Caracterização
O Lobisomem

Melhor Som
A Origem

Melhores Efeitos Sonoros
A Origem

Melhores Efeitos Especiais
A Origem

Melhor Documentário
Inside Job

Melhor Documentário de Curta-Metragem
Strangers No More

Melhor Curta-Metragem de Animação
The Lost Thing

Melhor Curta-Metragem de Imagem Real
God of Love

Retirado de